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No próximo dia 27 de janeiro, o mundo inteiro se unirá para lembrar as vítimas do Holocausto, um dos períodos mais sombrios da história humana. Em 2025, a data destaca um marco significativo: 80 anos desde a libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas, em 1945.
Essa data é reconhecida mundialmente como o “ Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto “, uma data estabelecida pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2005, com o objetivo de preservar a memória das atrocidades cometidas pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial e prevenir que algo tão devastador se repita.
O que foi o Holocausto?
O Holocausto foi o genocídio perpetrado pelos nazistas entre 1941 e 1945, resultando na morte de cerca de seis milhões de judeus, além de milhões de outras vítimas, como ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, opositores políticos, entre outros. Sob o comando de Adolf Hitler, o regime nazista implementou uma política sistemática de perseguição, segregação e exterminação, que culminou na criação de campos de concentração e extermínio, como Auschwitz-Birkenau, onde milhares de pessoas foram assassinadas em condições desumanas.
O termo “Holocausto” deriva do grego “holokauston”, que significa “sacrifício por fogo”, uma referência ao extermínio em massa praticado pelos nazistas, especialmente através das câmaras de gás e fornos crematórios. As memórias desse período ainda são vivas e representam uma lembrança do quão vulnerável a humanidade pode se tornar quando o ódio, o preconceito e a intolerância são permitidos a prosperar.
O significado dos 80 anos de memória
Em 2025, o aniversário de 80 anos da libertação de Auschwitz carrega um peso emocional significativo. Não apenas porque o tempo se alonga e as testemunhas diretas da tragédia se tornam cada vez mais raras, mas também porque esse é um momento crucial para reforçar o compromisso global com a educação para a paz, a tolerância e o combate ao antissemitismo. O Holocausto não é um evento isolado na história, mas sim um alerta constante contra os perigos do extremismo e da desumanização.
O papel do Museu Auschwitz-Birkenau
O Museu Nacional Auschwitz-Birkenau, localizado na Polônia, é o principal local de comemoração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Criado em 1947 por iniciativa dos sobreviventes do campo, o museu é um símbolo de resistência e preservação da memória. Lá, os visitantes têm a oportunidade de ver de perto os horrores que ocorreram nas instalações, mantendo viva a chama da memória histórica para as gerações futuras.
A missão do museu não é apenas preservar artefatos, mas também educar as pessoas sobre os perigos do racismo e do antissemitismo, garantindo que o Holocausto não seja esquecido nem banalizado.
O Holocausto e o Brasil
No Brasil, o Dia Nacional da Lembrança do Holocausto é celebrado em 16 de abril, data simbólica que marca a morte do diplomata Luiz Martins de Souza Dantas. Durante a Segunda Guerra Mundial, Dantas teve uma atuação heroica ao salvar centenas de refugiados judeus, concedendo-lhes vistos para que pudessem fugir da perseguição nazista, mesmo contrariando as orientações oficiais do governo brasileiro da época.
Como embaixador do Brasil na França, ele desafiou as autoridades para proteger vidas humanas em um contexto de crescente violência contra os judeus. Sua coragem e compaixão transformaram-no em um símbolo de resistência contra o ódio, lembrando-nos de que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, é possível fazer a diferença.
Diversidade nas datas de lembrança
Embora o dia 27 de janeiro seja reconhecido pela ONU como a data oficial de lembrança, outras datas são importantes para comunidades ao redor do mundo. Em Israel e em diversas comunidades judaicas, o Yom HaShoá, ou Dia da Lembrança do Holocausto, é comemorado de acordo com o calendário judaico, no 27º dia do mês de Nissan. Como o calendário judaico é lunar, essa data varia a cada ano no calendário gregoriano, mas carrega o mesmo propósito de lembrar as vítimas e lutar contra o antissemitismo.
No Brasil, algumas escolas e instituições preferem adotar a data de 16 de abril, por questões práticas, já que o 27 de janeiro costuma coincidir com o período de férias escolares. Isso demonstra que a conscientização sobre o Holocausto vai além de uma data específica, sendo uma causa que deve ser discutida ao longo do ano, de maneira constante, em sala de aula e na sociedade em geral.
A importância da educação e da memória
O principal objetivo dessas datas comemorativas é garantir que o Holocausto nunca seja esquecido, e que a memória das vítimas sirva para educar as futuras gerações. O combate ao antissemitismo, ao racismo e a todas as formas de intolerância deve ser constante, e a educação desempenha um papel fundamental nesse processo.
Em tempos de crescente polarização política e social em diversas partes do mundo, o resgate das lições do Holocausto se torna ainda mais urgente. O objetivo não é apenas relembrar o sofrimento de milhões de pessoas, mas também alertar para os perigos que a intolerância e o preconceito podem representar para qualquer sociedade.
A cada ano, quando se chega ao 27 de janeiro, e agora ao marco de 80 anos da libertação de Auschwitz, devemos reafirmar nosso compromisso de nunca mais permitir que atrocidades semelhantes aconteçam. Como sociedade global, precisamos continuar lutando por um mundo mais justo e tolerante para todos.
Em última análise, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto não é apenas uma data de lembrança, mas um convite à reflexão e à ação. O dever de preservar a memória histórica e de promover os valores da dignidade humana é de todos, independentemente de sua nacionalidade, religião ou etnia. Encerramos aqui mais um artigo. Um forte abraço de Ronaldo Morenno. Até breve!